“Não se deve abandonar às luzes e preconceitos dos pais a educação de seus filhos, pois ela importa ao Estado mais que aos pais”, escreveu Jean Jacques-Rousseau no verbete sobre economia da famosa Enciclopédia organizada por Diderot e D’Alambert. E concluiu: “O Estado permanece, e a família perece”.[1]
Compreende-se, afinal, por que Robespierre o chamasse de “professor da humanidade”. Foi a partir de Rousseau, como mostra Hannah Arendt num ensaio brilhante sobre a crise da educação,[2] que a política começou a assumir funções cada vez mais pedagógicas, atingindo hoje o seu paroxismo, quando políticos, burocratas e intelectuais querem disciplinar até mesmo os aspectos mais íntimos de nossas vidas privadas.
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